Em sua trajetória rumo à final da Copa do Mundo Feminina da FIFA Alemanha 2011, os Estados Unidos eliminaram o Brasil de maneira quase impossível, levando o jogo das quartas de final aos pênaltis com um gol no segundo minuto de acréscimo do segundo tempo da prorrogação. Na decisão contra o Japão, as valentes norte-americanas acabaram sofrendo um baque semelhante. Liderando o jogo por 2 a 1, a equipe sofreu um empate aos 117 minutos e acabou derrotada nas penalidades. E é isto: a seleção nipônica é campeã mundial pela primeira vez.
As japonesas foram dominadas no tempo regulamentar e acharam um gol a nove minutos do fim. Na prorrogação, esse foi o mesmo cenário, com as norte-americanas novamente à frente do placar, até que Homare Sawa fez o gol milagroso. Nos pênaltis, as asiáticas, empolgadas e confiantes, triunfaram por 3 a 1 e ingressaram na lista das vencedoras do torneio, ao lado das meninas dos Estados Unidos e da Alemanha, bicampeãs, e da Noruega.
Primeiro tempo
Mais experientes e mais fortes fisicamente, as norte-americanas se impuseram em campo desde o apito inicial. Com apenas 25 segundos jogados, Lauren Cheney exigiu uma defesa de Ayumi Kaihori em um chute com ângulo fechado, depois de ter passado na trombada por Azusa Iwashimizu.
Aos oito minutos, foi a vez de Megan Rapinoe achar espaço na esquerda e cruzar no primeiro pau para Cheney,q eu desperdiçou o voleio. Um minutos depois, Abby Wambach chutou por cima da trave, em uma pressão incessante. Carli Lloyd também teve uma chance na entrada da área, e depois foi a vez de Rapinoe desperdiçar no primeiro pau novamente.
Ao contrário do que ocorreu em suas partidas passadas, o Japão teve muita dificuldade em manter a pose de bola no meio-campo e, ao mesmo tempo, não conseguiam lidar com os ataques norte-americanos nos primeiros 20 minutos. Seu primeiro chute a gol só veio aos 22 minutos, com Shinobu Ohno, mas sem direção.
A melhor oportunidade de gol da primeira etapa veio aos 29 minutos, quando Wambach, a artilheira dos EUA em toda a história da Copa do Mundo Feminina da FIFA, bateu na quina da área, e a bola passou por Kaihori e estourou no travessão.
Segundo tempo
A partida não se alterou em nada depois da parada do primeiro tempo. Aos 49 minutos, Heather O’Reilly cruzou da direita, e Alex Morgan, que entrou no lugar de Cheney, acertou a trave no primeiro pau. O’Reilly depois acertou a rede pelo lado de fora em um chute de longa distância, enquanto Wambach perdeu uma boa chance após receber um belo passé de Rapinoe e ficar livre para bater na área.
O Japão mal via a cor da bola, armando poucos ataques, até que os EUA finalmente abriram o placar, ganhando uma recompensa pelo expressivo domínio do jogo. Aos 69 minutos, com Morgan, completando um rápido contra-ataque, recebendo ótimo passé de Rapinoe. Foi o segundo gol da atacante de 22 anos no torneio.
De alguma forma, contudo, o Japão conseguiu o empate apenas 12 minutos depois, mostrando uma eficiência admirável. Aya Miyama se antecipou à zaga adversária, em uma confusão na area, após um cruzamento da direita.
Prorrogação e pênaltis
O surpreendente gol, de acordo com o que o jogo apresentava, não fez as norte-americanas esmorecerem, porém, seguindo em ritmo intenso para o ataque. Nos dez primeiros minutos do primeiro tempo extra, só deu um time em campo, o mesmo que mandou na partida nos primeiros 90, com constante presença ofensiva. Até que aos 104 minutos saiu o gol do título, com Abby Wambach, de cabeça, completando cruzamento de Morgan. Foi seu quarto gol no torneio no jogo aéreo.
No segundo tempo, as nipônicas foram com tudo para o ataque. Aos 115 minutos, Kinga passou por Hope Solo e tocou para o gol, mas a capitã Christie Rampone apareceu na cobertura para tirar a bola. No entanto, no lance seguinte, em escanteio, veio um duro empate, com a capitã Homare Sawa guardando. Da melhor forma, ela se garantiu como a artilheira da Alemanha 2011, com cinco gols.
Nos pênaltis, Lloyd, Heath e Boxx erraram suas cobranças (duas defesas da goleira Kaihori e uma por cima do travessão), nas quatro primeiras dos EUA. Do lado japonês, apenas Nagasato falhou. E a Copa do Mundo Feminina da FIFA tem uma seleção campeã de modo inédito.
Notícia: fifa.com
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